O representante da sociedade civil Celso Schröder, coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, acredita que o ponto central a ser abordado na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (1ª Confecom) é o da convergência tecnológica.
Para ele, esse fenômeno já está em curso no país, mas sem regulamentação específica adequada. “Nosso modelo de comunicação é pautado pelo favorecimento da radiodifusão, congelou-se o setor nesse sentido. É preciso haver pluralidade da comunicação”, afirmou o jornalista, que faz parte da Comissão Organizadora Nacional (CON) da 1ª Confecom.
Schröeder acredita que há possibilidade de um modelo de inclusão digital inédito. “Temos a possibilidade de entrada das teles, que detêm tecnologia, mas precisamos regular, se não os serviços se canibalizam. Por outro lado, simplesmente vetar a entrada dessas empresas é abrir mão da tecnologia.”
A participação de representantes da Associação Brasileira de Radiodifusão (ABRA) e da Telebrasil é visto pelo jornalista como uma demonstração de sensibilidade dos empresários para o debate. “Nunca tivemos essa chance. Temos que mudar produzindo acordos.”
Nesse sentido, Schröder disse que a 1ª Confecom pode ajudar o poder público, o Executivo e o Congresso Nacional, a destravarem o debate sobre a regulamentação dos princípios constitucionais que tratam da comunicação. “Temos que mexer na cadeia. Discutir todos os meios de comunicação para entendermos e fortalecê-los.”
Schröder defendeu a garantia da produção regional como forma de quebrar a verticalização do setor. “Hoje, quem produz distribui, homogeneizando o conteúdo da informação.”
Fonte:Portal da Confecom
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