Na noite da última segunda-feira (14), em Brasília (DF), teve início a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). A abertura do evento, que pretende ser um marco no debate de propostas do setor no país, contou com a participação do presidente Lula. Discursando para mais de 1,4 mil delegados da Conferência, o petista disse ter um "compromisso sagrado" com a liberdade de imprensa, mas condenou excessos cometidos por jornais, rádios e TVs.
"Tenho orgulho de dizer que a imprensa no Brasil é livre. Ela apura e deixa de apurar o que quer. Publica e deixa de publicar o que deseja. Opina e deixa de opinar sobre o que bem entende. Meu compromisso com a liberdade de imprensa é sagrado", declarou Lula.
Em seguida, na presença de representantes da sociedade civil, do setor empresarial, de órgãos públicos - que formam os grupos de trabalho do evento - o presidente criticou a imprensa, por eventualmente distorcer fatos e publicar "inverdades".
"Às vezes, há jornais ou noticiários de rádio que se excedem, desprezam os fatos e embarcam em campanhas. Que divulgam inverdade ou mesmo que disseminam calúnias e infâmias. Aprendi a viver tranqüilamente com isso", disse.
Na ocasião, o presidente ainda lamentou a ausência de empresários de grandes empresas do setor de comunicação. "Lamento que alguns atores da área tenham se ausentado, temendo-se sabe se lá o quê. Eu, como homem do diálogo, lamento. Cada um sabe onde lhe aperta o calo".
Além do presidente, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, também discursou na abertura do evento, falando sobre a importância do encontro e o avanço da TV digital no país. O governista chegou a ser vaiado por representantes de movimentos sociais presentes à Conferência.
A TV Brasil, a televisão a cabo NBR, oito emissoras de rádio e a Agência Brasil - vinculadas à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) -cobrem o evento, que conta ainda com a presença de 300 jornalistas credenciado
Fonte: Portal IMPRENSA
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