Nos meios de comunicação de massa (broadcast), como TV, Rádio e jornais impressos, a variedade de assuntos abordados não pode ser muito grande. Por conta dos limites no espaço físico das páginas, ou pelo tempo da programação (que, no máximo, pode ter 24h), e ainda considerando a necessidade de intervalos comerciais, aos editores cabe a árdua tarefa de escolher o que é notícia. O que vai ter a oportunidade de chegar ao público.
Como diz Chris Anderson em seu livro The Long Tail (A Cauda Longa, Editora Campus, 2006), esse fato baseia-se no conceito de “economia da escassez”. Como o tempo e o espaço são escassos, é preciso deixar muitos conteúdos de fora. O mesmo fenômeno pode ser observado nas gôndolas dos supermercados e nas prateleiras das lojas em geral. Assim, o comprador de uma grande rede nada mais é que um “editor” de produtos, que é o “conteúdo” do mercado.
Com o advento das novas tecnologias baseadas em web, isso mudou. A Amazon pode oferecer milhares de livros, coisa que nenhuma loja física no mundo pode comportar, nem o poderoso Wal Mart, por onde passam mais de 200 milhões de pessoas. Por semana.
Com os meios de comunicação, o impacto foi igualmente arrasador. Mas talvez não pelos motivos que geralmente são apresentados, como se os consumidores de informação estivessem simplesmente abandonando os meios tradicionais. A questão gira em torno de dois eixos: o tipo de conteúdo, e a forma como é difundido.
O conteúdo de qualquer meio de comunicação limitado pela escassez de espaço (físico e/ou tempo) buscará atingir o máximo de pessoas. Sem audiência, não há receita publicitária. As pessoas têm interesses comuns, como previsão do tempo, notícias de economia (macro e micro), eleições e grandes eventos esportivos (Copa do Mundo e Olimpíadas), para citar alguns. Mas têm também interesses muito específicos, como a criação de poodles, charutos cubanos, vinhos da Borgonha, bijuterias, alimentos orgânicos, futsal, seriados dos anos 60, autorama, e por aí vai.
O que a midia tradicional faz é tentar difundir os interesses comuns, deixando de lado os particulares.
Mas as plataformas baseadas em web trouxeram justamente a tecnologia e a oportunidade de divulgar esses conteúdos de natureza específica, o que Chris Anderson chama de “conteúdo de nicho”.
Não creio ser correto afirmar que a midia tradicional será substituída pelas novas mídias. A Copa do Mundo de Futebol continuará a ser transmitida pela televisão, e atingirá, em 2010, provavelmente uns 3 bilhões de habitantes, quase meio planeta.
Quanto à forma de difusão, a tecnologia viabilizou blogs, redes sociais e diversas outras possibilidades de interação e produção de conteúdo colaborativo, como a Wikipedia. Todas elas acessíveis pelo computador e, mais recentemente, também pelo celular, o grande responsável pela “inclusão” de várias pessoas no universo digital. Afinal, segundo a Anatel, eram quase 170 milhões de celulares habilitados em dezembro de 2009, número muito superior ao de computadores ligados à internet.
Ou seja, o sucesso desses novos meios está justamente em oferecer conteúdos específicos, e de forma instantânea, pois o público para eles sempre existiu, só estava abandonado pela tirania das grades de programação.
Fonte: CavernaWeb
Como diz Chris Anderson em seu livro The Long Tail (A Cauda Longa, Editora Campus, 2006), esse fato baseia-se no conceito de “economia da escassez”. Como o tempo e o espaço são escassos, é preciso deixar muitos conteúdos de fora. O mesmo fenômeno pode ser observado nas gôndolas dos supermercados e nas prateleiras das lojas em geral. Assim, o comprador de uma grande rede nada mais é que um “editor” de produtos, que é o “conteúdo” do mercado.
Com o advento das novas tecnologias baseadas em web, isso mudou. A Amazon pode oferecer milhares de livros, coisa que nenhuma loja física no mundo pode comportar, nem o poderoso Wal Mart, por onde passam mais de 200 milhões de pessoas. Por semana.
Com os meios de comunicação, o impacto foi igualmente arrasador. Mas talvez não pelos motivos que geralmente são apresentados, como se os consumidores de informação estivessem simplesmente abandonando os meios tradicionais. A questão gira em torno de dois eixos: o tipo de conteúdo, e a forma como é difundido.
O conteúdo de qualquer meio de comunicação limitado pela escassez de espaço (físico e/ou tempo) buscará atingir o máximo de pessoas. Sem audiência, não há receita publicitária. As pessoas têm interesses comuns, como previsão do tempo, notícias de economia (macro e micro), eleições e grandes eventos esportivos (Copa do Mundo e Olimpíadas), para citar alguns. Mas têm também interesses muito específicos, como a criação de poodles, charutos cubanos, vinhos da Borgonha, bijuterias, alimentos orgânicos, futsal, seriados dos anos 60, autorama, e por aí vai.
O que a midia tradicional faz é tentar difundir os interesses comuns, deixando de lado os particulares.
Mas as plataformas baseadas em web trouxeram justamente a tecnologia e a oportunidade de divulgar esses conteúdos de natureza específica, o que Chris Anderson chama de “conteúdo de nicho”.
Não creio ser correto afirmar que a midia tradicional será substituída pelas novas mídias. A Copa do Mundo de Futebol continuará a ser transmitida pela televisão, e atingirá, em 2010, provavelmente uns 3 bilhões de habitantes, quase meio planeta.
Quanto à forma de difusão, a tecnologia viabilizou blogs, redes sociais e diversas outras possibilidades de interação e produção de conteúdo colaborativo, como a Wikipedia. Todas elas acessíveis pelo computador e, mais recentemente, também pelo celular, o grande responsável pela “inclusão” de várias pessoas no universo digital. Afinal, segundo a Anatel, eram quase 170 milhões de celulares habilitados em dezembro de 2009, número muito superior ao de computadores ligados à internet.
Ou seja, o sucesso desses novos meios está justamente em oferecer conteúdos específicos, e de forma instantânea, pois o público para eles sempre existiu, só estava abandonado pela tirania das grades de programação.
Fonte: CavernaWeb
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